Aug 23, 2011

Jumbalda.

Negócio é que lá estava eu. Tudo ok. Aquele mesmo músculo doendo no meu ombro esquerdo que me faz pensar, porra, eu preciso de uma massagem. Mas estava tudo sob controle. Lá estava eu, com meu ombro dolorido. Tinha o fato também que minha bunda esquerda estava doendo porque essa nova cadeira que me arranjaram depois que atiraram a minha antiga azul radical desparafusada pela janela. Espera, perdi o fio da meada. Tinha também o fato de que minha bunda esquerda estava doendo porque a cadeira era desconfortável e fim. Tinha o fato de que eu estava/estou tremendo de frio e não tomei/tomarei uma atitude sobre isso, mas bem, isso explica as coisas afinal. Porque lá estava eu, dolorida e tremelicante, mas tinha algo errado com a coisa toda. E não era o fato de que meu pai roubou minha batata sem ao menos falar comigo. Tenho certeza que meu pai roubou minha batata sem falar comigo. Também não chega a ser um problema se você desconsiderar a fome que é amenizada pela tremelicalização dolorida do meu corpo na situação toda, mas enfim. O problema era outro, muito mais tenso, se me permite dizer, pra alguem que precisa acordar daqui 4 horas pra aprender a construir robôs.  Na verdade tinha um segundo problema, que era a falta de música, mas isso eu resolvi agora. Mas concluindo a coisa toda, o problema complexo era simples e um tanto quanto uma outra palavra que me fugiu agora justamente por consequência do problema que eu estou tentando contar aqui. O problema era: meu cérebro sumiu. E acho que a palavra era 'contraditório' ali atrás, apesar de que alguma coisa, que não é meu cérebro, estar gritando dentro da minha cabeça que na verdade a palavra é 'paródia'. Mas não. Não acreditarei. Porque perdi meu cérebro esta manhã quando acordei com barulhos sinistros que eram similares a uma bola gigante de ping pong quicando no quarto ao lado. Quarto o qual, é meu, e esta deixando de ser azul com um céu de estrelas que brilham no escuro. Acho de péssimo mal gosto tirar essa decoração, mas bem, como se pode argumentar com um pai que rouba batatas sem nem um bom dia. Eu tenho certeza que roubaram minha batata. E não acho que minha mãe faça o tipo de pessoa que comeria uma batata recheada com catupiry e bacon. Nem meu pai. Mas a batata sumiu. Isso é um fato.

Dias como esses em que meu cérebro some são causados por várias sequências de acontecimentos. Geralmente acontece quando você está absorto num momento do seu cotidiano e te pegam de surpresa e seu cérebro dá um tilt. Exemplo: Natal de 1995.

Lá estava eu fazendo meu xixi matutino pra me preparar para as buscas dos presentes sem ter q preocupar com a minha bexiga ridícula de uma criança de 6 anos. Lá estava eu fazendo o meu xixi. Meu xixi. Só meu. Eu e ele. Sem amor. Só essa relação que a gente vive com essas coisas que é.. saem da gente. Enfim. Lá estava eu esvaziando a dita cuja quando a porta do banheiro se abre com um estrondo de um rinoceronte feliz na manhã de natal que não tem uma bexiga pra se preocupar. Era minha irmã, com uma caixa que era tipo, grande, embrulhada num papel verde. E ela gritou: ACHEI SEU PRESENTE.

Bom você tem que entender minha frustração de ter perdido toda a caça justamente por estar me preparando pra ter uma caça agradável, mas poxa, aquilo me deu um tilt no cérebro, porque ele estava preocupado no xixi, e papel higiênico e naquela manchinha do azulejo, e de repente me surge um pacotão retangular, esticadão, verde, com minha irmã gritando que era meu. Poxa. NÃO DAVA PRA LEVANTAR E IR ATÉ O PRESENTE TÁ SACANDO? Tinha a coisa toda do xixi e tal. Assim, se perde o cérebro, que numa ultima tentativa de manter o controle da situação, tenta adivinhar o que é que tem no pacotão. Bom, eu pedi um carrinho de bebê com guarda-sol de acessório, então devia ser isso. Mesmo que aquilo nunca fosse carrinhamente caber numa caixa daquelas, as vezes era desmontável vai saber. Enquanto tentava manter controle da situação, vejo minha irmã rasgando sem dó nem piedade o embrulho verde, e bem, eu vi um auto-falante desenhado numa parte, pensei frustradamente que era um carrinho de bebê equipado com som e não guarda-sol. O que me fez demorar mais do que o normal pra entender que eu tinha ganhado um aparelho de som de natal, e que minha vida ia ser muito mais feliz agora.


A mesma coisa aconteceu hoje, só que felizmente, não envolvia xixis. Envolvia códigos. E aquele eterno problema que me atormenta, tipo a dor no ombro, que dá vontade de me jogar no chão e gritar UMA MASSAGEM PELO AMOR DE DEUS, UMA MASSAGEM MEU POR CARIDADE. Enfim. Eu estava concentrada tentando sacar de qual era daqueles códigos que insistiam em empacar minha vida. Estava absorta na utilização do position absolute ou position relative, quando uma caixa grande pousou do meu lado esquerdo da mesa com um som vindo de cima com alguma coisa que eu não identifiquei na hora.

Tilt.

Meu cérebro se lembrou que eu estava prestes a ganhar um pendrive em forma de câmera fotográfica. Bom, ali estava. Caixa grande esta pra um pendrive não? Hmmm.


Hm.

Nikon D3100.

Hmmm.

Hm?

Desde então estou sem cérebro. Tenham todos uma boa descerebralização.





Manifestações
2 Manifestações

2 almas se manisfestaram.:

Cristiano said...

Sua mijona nerd!

£µx said...

ahauhauhauhauahuahuahuaha what a story!!!

aeeeeeeeeeeee benvinda ao nikon team :D (desculpe, não pude evitar o cliche)

agora falta vir de novo pra sumpa clicar com os amigue!

:***