Dec 31, 2011

Relacionamentos Minados




Se comprometer é como jogar campo minado. Você tá lá clicando em quadrados aleatórios, esperando clicar em quadrados expansíveis. Tranquilo, sem pressão, podendo iniciar outro jogo a qualquer momento. Até que você clica em um expansível. Ele não é o que você chamaria de ó-meu-deus-que-expansível-sensacional, mas ele tá ali. E você bem sabe que já clicou muito por aí e a próxima coisa pode ser uma bomba. Então você se compromete. E ou aquilo vira um jogo de horas com um final feliz, ou um jogo de horas com uma desilusão bombástica no final, ou você fica sem saída segundos depois. E acaba clicando em qualquer outra bomba, por falta do que fazer.

Eu nunca tive problemas com comprometimento. Tenho problemas com o campo minado, porque sempre quero clicar em mais algum lugarzinho antes de estabelecer um relacionamento sério com o quadradinho e o jogo. Mas na vida pessoal não. Sou dessas que perde o controle remoto, e vive como se de repente a vida fosse essa (e não é?). Agora. Sem depois. Sem nem tempo pra parar e pensar se pode estacionar aqui. Pensar? A próxima coisa que percebo é um cérebro perguntando aonde foi que eu amarrei minha égua. Porque vocês sabem. Campo Minado tem bombas, mas elas pelo menos seguem uma lógica. Agora a vida real...

Pessoas descontroladas assim sabem de uma coisa: Não adianta forjar um amor. Não adianta tacar o controle remoto pela janela na esperança de se apaixonar. Não. Ele volta, e fica trocando de canal o tempo todo. Te perguntando: "Moça? E aquele quadradinho ali? Será que não seria mais interessante?"




Boa Pergunta, Controle.
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