Dec 5, 2011

I'm Going Slightly Mad

Série: Minha Vida | Gênero: Comédia Trágica Troll

Estava lá eu, em um desses típicos finais de sábado a noite, daqueles que você sabe que fodeu, seu fim de semana acabou, a próxima coisa que te aguarda é um domingo de ressaca e uma segunda feira despencando na sua cabeça, quando você finalmente se recuperar da coisa toda. Aqueles fins de sábado a noite que só não conseguem ser piores do que finais de festa de Ano Novo (porque convenhamos, que ideia de girico). Lá estava eu, quando resolvi dar um jeito na situação e ir embora de taxi (você sabe, tava morrendo de saudade)

Foi entrar no taxi que o cara já me vem com uma de 'como vai você, eu preciso saber da sua vida'. Cortei logo a onda e mandei ele contar da vida dele porque a gente não ia chegar nenhum falando sobre a minha vida, e se ele não tivesse um barco no porta-luvas a gente corria sérios riscos de se afogar nas lágrimas TPMiosas da passageira destrambelhada num fim de sábado a noite. Vitor, o taxista, me contou alegre e saltitante como ele amava a vida dele, como ele amava a profissão dele, como ele amava os sábados, e como ele amava o carro dele. E como a gente deveria se amar também. Eu não sei se era o álcool na minha cabeça ou se ele veio da terra da Disney, só sei que aí ele me pediu em namoro. Ou algo do tipo "você é tão legal, queria achar uma namorada igual a você". Que dá na mesma, numa vida tão emocionante quando a de alguém cujo o único (ex)namorado foi fruto da famosa Crise da Mão no Chuveiro, aquela que faz meninos de 14-17 anos correrem desesperadamente atrás de namoradas na esperança de não terem mais que saciar as vontades na hora do banho.

Enfim, lá estava eu naquela situação. Eu estava dizendo pro taxista que se eu aceitasse o pedido de namoro dele e a gente desenvolvesse algum tipo de amorzinho, a gente ia descobrir que éramos filhos do mesmo pai 17 minutos depois de eu descobrir que estava grávida. Porque é assim mesmo que a vida funciona. Pelo menos a minha vida funciona assim. Meu roteirista sempre vai colocar uma barreira mexicana no meio de qualquer tentativa falha de desenvolvimentos de amorzinhos, e se eu resolver ignorar a barreira mexicana, ele me dá uma garrafa de tequila pra deixar a coisa mais tragicamente cômica, e bota um pessoal de bigode ao fundo cantando umas músicas divertidas e pronto. A audiência vai ao delírio.

Querido Roteirista, esse negócio da vida pirar pelas metades não funciona. Porque poxa vida, não dá pra ficar sã nesse universo de situações piradas que você me coloca. Como diria Freddie Mercury, estou ficando ligeiramente louco. Não venha me julgar se eu começar a ignorar o roteiro e sair desfilando com uma chaleira na cabeça qualquer dia desses.

A (não) Compreensão Total deste post exige a apreciação do vídeo abaixo.

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Anonymous said...

Teu roteirista é vc mesma , vc é linda e talentosa , se eu pudesse voltar alguns anos de minha vida , vc seria atriz principal de minha existência , amo você