Mar 20, 2012

Oh my Brains!


Coisa rotineira pra qualquer mulher exagerada, dramática, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante, neorótica, paranóica ou vivenciando uma TPM é ter que unificar 323 vozes defendendo 591 pontos de vista ao mesmo tempo na cabeça de alguém. Se a cabeça avulsa não estiver disponível, as vozes tagarelam dentro da sua própria cabeça, porque não dá pra calar uma voz, muito menos 323, nessa sociedade da liberdade de expressão. Mas a gente é bem treinada pra isso e faz até bom uso.

Exemplo melhor não tem: Ilusão por Passatempo. Aquele momento que você tá tomando um banho, parada no sinaleiro, esperando o sanduíche ficar pronto, ou o microondas apitar e aí a Consciência Apaixonada resolve imaginar umas soluções sensacionalmente impossíveis pra resolver aquele seu caso de amor sem futuro. São pensamentos cinematográficos, coisa fina, de tirar o fôlego. 'Mas poxa vida, isso seria masoquismo.' Sem problemas, se você for uma mulher bipolar. A Consciência nº17 responsável por ocasionalmente te chamar de anta, trata de colocar uma marca d'água nas imagens holográficas que sua mente está criando com a frase: 

'AS CENAS DESTE PENSAMENTO SÃO BIZARRAMENTE IRREAIS. SUA ANTA.' 

Pronto, você está livre pra se iludir sem perigo de cavar mais o buraco. É quase um tipo de masturbação mental sabe? Dá na mesma. Você sabe que está fantasiando mas poxa, vai valer aqueles minutinhos de alegria. Não que alguém vá se masturbar parado no sinaleiro ou esperando o sanduíche ficar pronto... quero dizer... vai saber né.

O problema mesmo é a Bipolaridade Alcóolica. Funciona mais ou menos assim: A Consciência Quase Bêbada percebe que a Consciência Bêbada pode tomar conta do navio a qualquer momento, e resolve fazer algo pra proteger o navio antes que a Consciência Bêbada faça um estrago e todos os prejuízos caiam na cabeça da Consciência da Ressaca, que obviamente vai solucionar o caso dizendo 'Nunca mais vou beber', ferrando completamente a vida da Consciência Quase Bêbada. Então você conclui que se não fizer nada, você obviamente vai perder sua bolsa a qualquer instante. Aí é só encontrar um esconderijo fenomenal, e esconder a bolsa do resto da sociedade (e de você mesmo). Genial.

E aí você fica bêbado. O único detalhe que a Consciência Quase-Bêbada geralmente esquece de levar em consideração é que a Consciência Bêbada não estava prestando atenção quando o cérebro notificou todos os setores sobre o local onde a bolsa ficaria escondida. Três minutos depois você se encontra em estado de total desespero porque perdeu a bolsa. Mas nada de pânico, 30 segundos depois você vai estar pensando que talvez, quem sabe, a consciência do próximo plantão se preocupe com isso, porque você realmente queria ir ali pegar uma dose de rum e AAAH TUPAQUERAPIU, COMO Q VOU PAGAR MEU RUM?! Caralho, agora vou ter que beber uma dose de rum pra esquecer dessa catástrofe.


One drink to remember, and another to forget.


 
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