Apr 16, 2016

Precisamos conversar sobre Sumatra

Mais uma vez nos encontramos, querido blog. Sem piadinhas ok? Você é bem querido mesmo. E não tem ponto de exclamação nesse computaodor, então não me leve a mal se eu for pontofinativa demais. Precisamos conversar sobre trezentos milhões de coisas, mas hoje, quero falar sobre o Sumatra.
To morando sozinha, trabalhando meu trabalho dos sonhos, namorando um namorado que nunca mais foi embora da minha casa, com uma filha peluda de quatro patas sensacional, e uma casa cheia de móveis, ta tocando musica alta no meu ouvido, mas consigo escutar esse galo do Saraivão berrando me avisando que eu devia estar dormindo (desiste meu filho, nem minha mãe me convenceu que 4 da manhã é hora de dormir, imagine você) MAS, ledo engano de qualquer criança adolescente, nao é porque sua vida tá parecendo ajeitada e encaminhada que The Sims perde o sentido. PELO CONTRÁRIO, APARENTEMENTE FAZ MAIS SENTIDO AINDA.

Mano, eu estou de luto faz meses ponto de exclamação.


Estava lá, eu e Raul, curtindo uma chuva ilhados num hotel em Ilhabela, quando comecei a assistir uma série no youtube de The Sims. Porque sim. Não preciso nem dizer que acabou a viagem com os dois morrendo de vontade de jogar The Sims de novo. E lá fui eu criar o Sumatra. A vida toda eu criava minha personagem bem baseada em mim, mas dessa vez, achei paia. Primeiro porque de vida real e contas a pagar já bastava a minha. Segundo porque ela ia sair dando umas bitoca num cara que não era o Raul, e como a gente já sabe, eu sou bem idiota, e isso não parecia muito bom na minha cabeça. Então eu criei o Sumatra. Mano eu já escrevi dois parágrafos e ainda não comecei a porra da história. Criei ele, um gordinho simpático que andava por ai com roupas de vocalista do AC/DC, malhava com uma toalha amarrada na cintura e uma máscara do Darth Vader, entre outras peculiaridades. Sua casa era maravilhosa. Só faltou eu botar parede de tijolinho na banheira. Ele era doidão. Curtia fazer uns macarrão e ir atazanar os pescadores da vila enquanto comia. Porque ele não tinha TV né. Tipo eu. Mas eu não atazano ninguém enquanto como meu macarrão. Ele, obviamente, era mais problemático que eu. Mas eu gostava bastante dele. Ele virou alguma coisa que eu nem me lembro mais, mas tava ganhando um dinheiro idiota pra continuar vivendo. O problema é que Sumatra esqueceu do seu aniversário. TUDO COMEÇOU QUANDO A PORRA DO SUMATRA ESQUECEU DO SEU ANIVERSÁRIO. Ele ficou depremidaço. Nem incomodava os pescadores mais. Nada prestava. Aí pensei com meus botões: vou dar uma festa fora de época pra ele né. Custa nada. (Custava 20 simoleons). Chamei a galera toda, inclusive a gatinha que me dava uns moles. Minha casa, peculiar, tinha bar no jardim da frente, jukebox na sala e uma piscina de 1m² no quintal. Não tinha como essa festa não ser uma puta festa. EXCETO QUE A MINHA MINA PASSOU A FESTA INTEIRA NA PISCINA DE  1M² COM UM NEGÃO AVANTAJADO. Me ignorou. Completamente. Fiquei nervousour. Decidi acabar com aquela desgrama de festa logo e ir soprar as velas do bolo. Que alegria, que beleza.


LEDO ENGANO.


Mal sabia Sumatra que no seu primeiro aniversário esquecido, ele envelheceu de jovem adulto para adulto. E ao soprar as velas daquele bolo de aniversário falso, ele passou pra idoso, EM MENOS DE  UM DIA. Quando terminei de soprar as velas eu já estava perigosamente exausto. Fiquei preocupada. Mandei a galera toda embora. Chega dessa algazarra na minha propriedade, não tenho mais idade pra isso. Fui recolhendo a bagunça pra deixar tudo limpo antes de ir dormir. Inclusive aqueles copos de bebida na beirada da piscina. Maldita Liberty. Realmente achei que tinhamos um futuro. Quem vai ter meus filhos agora para herdar minha propriedade? Já sou velho demais, estou perdido, Quando chego na cozinha encontro um cara bombado fazendo flexões. Aparentemente ele não percebeu que a festa acabou. Era Don. Ele se levantou, todo musculoso-namorado-da-Madonna, e me cumprimentou pela minha recém velhice. Eu, que já estava muito confuso com aquela noite, pensei: Mano estou quase morrendo, nunca nem dei umas bitocas... devo ser gay ponto de exclamação. Parti pra cima do Don. Perguntei sobre sua vida e seus interesses e lasquei um beijão. DON CURTIU DEMAIS. Pronto. Estava feito. Podia estar idoso, mas eu namorava o cara mais bombado da cidade. Perguntei se ele queria passar a noite. Ele disse que sim. Ele ficou acordado dançando e eu fui dormir. Porque eu estava perigosamente exausto.


Amanheceu e Don havia ido embora. Caiu a ficha que eu tinha sido apenas uma noite pra ele. O que um cara saudável como aquele ia querer comigo, que já tinha um pé na cova? Bateu um desespero imenso. Agora que eu era gay, obviamente, realmente, não ia ter filhos. Precisava adotar. Fontes seguras me disseram que se eu entrasse no computador era possível adotar uma criança. Mas eu não tinha um computador exclamação exclamação. Fui até a vizinha mais próxima pedir seu computador emprestado para adotar um herdeiro. Não tinha ninguém em casa. Já que já tinha andado até ali decidi ir até a casa do lado. Era da maldita mulher que me abandonou no meu próprio aniversário. Me recusei a entrar. Tem uma casa logo ali e com certeza vai dar certo. De qualquer forma eu já estava perigosamente exausto para voltar andando pra casa. Precisaria dormir na casa de alguém antes de voltar. Toquei a campainha e uma bela moça me atendeu. Entrei, já desesperado procurando pelo computador. A MALDITA ERA UMA AMISH HIPPIE. NÃO TINHA ELETRÔNICOS. Eu já estava cansado demais. Não podia voltar. Foi então que pensei: essa jovem tem um útero e isso é tudo que preciso.

Na vida real, Raul me aloprava dizendo que precisava ir dormir. Eu dizia:perai, preciso só fazer um filho aqui e ja vou. Ele disse: é impossivel fazer um filho assim numa mlher que você acabou de conhecer.

LEDO ENGANO.


Umas perguntinhas sobre a vida e seu mapa astral, e ela já era minha. Fizemos uma tentativa de filho e depois uma oba oba. Não preciso nem dizer que eu estava dangerousmente exausto quando acabei. Dormi ali mesmo e quando acordei esperei ela chegar me contando que estava grávida. Mas aparentemente ela ainda não sabia. Fui fazer um café da manha pra ela. Ela comeu pensando sobre bebês e fraldas. De repente saiu correndo pro banheiro vomitar. PRONTO. SÓ PODE TER DADO CERTO. Esperei ansioso na sala pra ela me contar as boas novas.


Nada.


Fiquei preocupado. Não éramos nada um do outro, Se eu fosse embora ela simplesmente nem iria me contar sobre o filho. Percebi que não poderia ir embora antes de engatarmos um namoro. Liguei no trabalho e pedi folga. Era dia de amor em Sumatraville.

To be Continued
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